Por Adryelle Valgas, Bruna Celestino e Klaus Koch.
Branding refere-se ao que envolve as ideias associadas a uma marca ou uma empresa. De acordo com a designer Pip Seger, a definição do termo pode ser estendida para algo a ser entendido por todos e comprado por seu consumidor, atingindo diretamente o público-alvo. “O Branding não consegue sustentar uma oferta sem qualidade ou transparência. Se o criador da marca não é claro, não pode pressupor que as pessoas entendam o que a marca significa”, afirmou a palestrante durante a Semana de Comunicação e Mídias Sociais da Belas Artes. Para ela, “a marca não pode precisar ser explicada, tem que ser percebida”.
“Branding can go from Zero to Hero”
"Branding consegue ir de Zero a Herói", diz Pip.
Formada em Design Gráfico pela Belas Artes e em Design Têxtil pela Escola Panamericana de Arte e Design, Seger publicou seu primeiro livro “Enlatados”, em 2014. Criadora da própria marca Saturn Babe, é a favor de uma moda sustentável. Seus produtos são definidos como eco-friendly e promovem o consumo consciente. Experiente em estratégias de Branding, ela menciona a fidelidade de seus clientes, que se tornaram fãs a partir de um vínculo afetivo com a marca.
A área envolve uma análise do que já existe e uma busca dos erros e acertos dos competidores. Segundo Pip, “ser inesquecível significa ser referência e ser relevante”. Entre os erros mais cometidos e que resultam no fácil esquecimento da marca inclui não ter um posicionamento claro ou incapacidade de agregar algo na vida das pessoas. Além disso, Pip sugere que, durante o processo de criação, é importante pensar “o que?” e “como” está falando para atingir o público certo.
“Outro erro grave cometido na criação de uma marca é acreditar que o ‘bonitinho’ é sinônimo de mais vendas, o que não é necessariamente verdade”, diz. A palestrante explica que se não há um embasamento para criar uma marca que faça sentido para o cliente, não será possível resultar em algo que irá trazer um retorno financeiro ou ter valor mercadológico no futuro. Já que a mesma não vai transmitir o que de fato é ou vende, será esquecida facilmente. Pip Seger destaca também a importância de testar e verificar o funcionamento da marca a partir da opinião pública.
Dicas acerca do processo de criação foram compartilhadas. “Não precisa esperar ter os equipamentos certos e uma série de recursos para dar início à marca”, revela Pip. O início de um sucesso está ligado à “gambiarra”, uma palavra puramente brasileira que se refere à habilidade de resolver problemas de forma provisória com facilidade e com poucos recursos. Utilizando-se do potencial criativo. Ao final da oficina, Pip propôs tornar o ambiente mais interativo através de uma enquete em seus stories no Instagram. O jogo buscou testar o entendimento das pessoas presentes na palestra sobre o tema.
Pip Seger e alunos da Belas Artes presentes na oficina “Processo criativo
do Branding”.
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